Anglesey. Runcorn se deteve no cabo escarpado, contemplou as montanhas da Snowdonia na Gales continental, ao outro lado das águas do estreito do Menai, e se perguntou como tinha lhe ocorrido ir ali, sozinho, em dezembro. O ar era frio e cortante, carregado do sal do mar. Runcorn era londrino, estava acostumado ao estalo continuo dos carros de cavalos sobre a pavimentação, ao resplendor das luzes de gás ao anoitecer. Cada dia o envolviam as vozes cantarinas dos verdureiros ambulantes, os gritos dos vendedores de periódicos e os condutores de toda classe de veículos, desde cupés até carruagens, e no ar flutuava um aroma de fumaça e esterco.
Aquela ilha remota devia ser o lugar mais solitário da Grã-Bretanha, E-LIVRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário