Páginas

domingo, 6 de maio de 2012

SEXO E SEXUALIDADE NOS LIVROS DA DIANA PALMER


Uma das coisas mais curiosas é a sexualidade dos personagens de Diana Palmer.

Não existem homossexuais no Texas.

Em regra as mocinhas são sempre virgens e virtuosas. Os homem são poderosos, potentes e bem dotados mas viram eunucos quando se apaixonam pelas mocinhas deixando de sentir tesão por qualquer uma que não seja o objeto do seu afeto.

Andei pesquisando e a esse fenômeno se dá o nome de "assexualidade". Em regra a assexualidade é o total desinteresse por sexo ou ausência de libido, mas existem estudos que comprovam diversos tipos de assexualidade e uma delas é justamente essa dos homens de Diana Palmer: interesse sexual único e exclusivo pelo ser amado objeto do seu interesse romântico e por ninguém mais.

É como se os mocinhos com fama de playboy, apenas treinassem com as outras, tudo que juntamente com seu amor guardaram só pra mocinha.

Para ir mais longe sobre as diferentes  assexualidade: http://assexualidades.

blogspot.com.br/search?updated-min=2011-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2012-01-01T00:00:00-08:00&max-results=12

Quanto ao tema recorrente da virgindade existem algumas peculiaridades. As vezes Diana Palmer exagera:

HOMENS DO TEXAS 2- APRENDENDO A AMAR  (JUSTIN BALLENGER E SHELBY JACOBS)

Pela descrição da autora - não ela não entra em detalhes médicos - mas concluo que a mocinha sofre de "hímem imperfurado", uma má formação congênita da vagina, na qual os grandes labios vaginais são mal formados e o himem é uma membrana rígida sem passagem nem para  as secreções internas do corpo que só é  corrigivel por cirurgia reparadora. Na história a mocinha queria provar que continuava virgem para o mocinho descrente e mandou o médico fazer uma correção parcial. Detalhe: ela estava com 27 anos. Esse problema atinge 1% das mulheres e causa graves problemas de saúde já na adolescência pois impede o fluxo menstrual e o fluido retido na cavidade abdominal pode infectar. Ou seja ninguém que sofra disso chega aos 27 anos sem ter passado por cirurgia de reconstrução completa  da vagina quando ainda bem jovem.

 Mais sobre himem imperfurado: http://www.urologiapediatrica.

com.pt/1_problemas_genitais.php?id=35

Vejam a cena dos dois quando ele descobre esse pequeno detalhe:

— Shh — ele sussurrou. Sorriu-lhe, obrigando-se a se conter. — Vou ficar observando você — falou roucamente. — Se você sentir um leve sinal de dor, vou perceber na mesma hora.
      Era incrivelmente íntimo. As luzes estavam acesas. Mas tudo que ela podia ver era o rosto dele. Podia sentir sua respiração, rápida e forte em seu rosto, podia ver a veia pulsando em seu pescoço. Mas não sentia medo, nem mesmo do peso dele  sobre ela, esmagando-a nas almofadas. Ele era dela, e ela ia tomar posse dele.
      Ela sentiu a dor como uma faca quente. Agarrou-se a ele e seus olhos se arregalaram. Ela gritou e lágri­mas desceram pelo seu rosto.
      Os olhos negros de Justin escureceram e as pu­pilas cresceram e cresceram, e ela percebeu então que ele estava congelado como uma estátua em cima dela. Os lábios dele se entreabriram. Respirou profundamente. Olhou-a com incredulidade. Mo­veu-se uma vez mais e a viu cerrar os dentes, mesmo sabendo o porquê disso.
     — Sinto muito — ela murmurou. Suas mãos se ergueram. — Não pare. Está tudo bem, acho que... posso... aguentar.
     — Meu Deus.
      Ele se retraiu, afastando-se de forma a se sentar de costas para ela, dobrado, o corpo tremendo violentamente.
     Meu Deus, Shelby.
      — Justin, você não... não precisava parar, — mur­murou, mordendo o lábio. — Tudo iria correr bem.
      Ele não estava ouvindo. Tinha a cabeça nas mãos e tremia. Alcançou o copo de uísque que ainda tinha um gole de líquido, e suas mãos tremiam tanto que ele quase o derramou antes de conseguir tomá-lo.
      Levantou-se e Shelby enrubesceu e desviou o olhar chocado de sua ostensiva masculinidade.
     Sinto muito — disse ele sumariamente. Pegou a parte de baixo do pijama e a vestiu distraidamente. Depois ficou olhando para ela até que ela ficou vermelha e tentou se enrolar.
      Mas ele não permitiu. Ele se abaixou desequilibradamente para levantá-la. Aninhou-a nos braços e se sentou na poltrona, segurando-a com maravilho­sa ternura, murmurando carinhos com a boca no cabelo escuro, segurando-a enquanto ela chorava.
      Quando ela parou, ele enxugou seus olhos com um lenço. O rosto dela estava encostado no largo peito trêmulo, aninhada contra os pêlos espessos, os seios apoiados suavemente em seu tórax. Ela tremeu diante dessa intimidade, porque estava nua.

      — Você é minha mulher — ele disse ao notar seu constrangimento. — Não faz mal que a veja sem roupa.
       Ela se enroscou mais para perto.
      — Sim, acho que sim. Só que... é novo.
      — Meu Deus, sim, eu sei.
      Havia uma nota inconfundível em sua voz. Ela levantou os olhos, proporcionando-lhe uma súbita e total visão dos lindos seios. Ele teve que arrastar os olhos de volta para os dela.
      — Minha noiva virgem — murmurou roucamente. Seus dedos tocaram os seios dela hesitantemente, como que com reverência. — Oh, Shelby, SheJby.
     — Eu... o dr. Sims me submeteu a uma pequena cirurgia, mas resmungou quando eu não o deixei fazer o trabalho completo — disse ela, desviando os olhos dele. —Acho que não foi suficiente... — ficou vermelha.
      — Por que não o deixou fazer como devia?
      — Para que eu pudesse provar que não tinha dormindo com Tom — disse simplesmente.
      — Sua bobinha! — Levantou os olhos dela até ele. — Se eu não tivesse parado lá em cima ou se alguma  vez  tivesse perdido a cabeça com você... Meu Deus, é bom nem pensar.
      Ela mordeu o lábio, olhando o peito largo coberto de pêlos.
     Justin, teria parado de doer — começou ela, timidamente.
     — Teria, uma ova! — ele se reclinou com um sus­piro profundo. — Detesto ser o portador de más notícias, meu bem, mas terá que voltar e fazer a cirurgia como deve ser.
      — Mas...


Outro ponto. É inegável a extrema virilidade dos personagens masculinos, alguns descritos como  não possuindo feições belas. Geralmente tem traços bem marcados quase rudes e exsudam masculinidade e são todos machos alfa no comando, lembrando as descrições que temos dos homens das cavernas que conquistavam suas parceiras como se fosse numa caçada e elas a sua presa, tonteando-as com uma bordunada na cabeça e depois arrastando pelos cabelos para o "abate"  em suas cavernas.

A descrição dos órgãos masculinos não é detalhada, pois existe sempre pudor na forma narrada, mas com certeza eles são sempre "grandes" e potentes. As vezes mais dos que as mocinhas virgens aguentam.


Vejam só está cena e imaginem o " tamanho":


Serie HUTTON  & CO 6 - OUTSIDER - O ESTRANHO

— Eu sei que eu lhe dei cicatrizes. — Ele persistiu. — Emocionais e físicas. Eu não posso acreditar que você possa se dar a outro homem, depois do que aconteceu.
Ela engoliu com dificuldade.
— Este não é um problema seu!
A face dele contorceu-se.
— Eu a destruí como uma mulher, você pensa que eu não sei? — Os olhos dele estavam fechados com desejo e apertados como uma corda. — Eu tinha bebido muito uísques antes de eu viesse a você. Eu pensei que eles me sedariam. Mas nada fez. Eu não pude parar! — O medo baixou. Ele olhou atormentado.
— O quê? — ela hesitou.
Ele percebeu o olhar dela, olhar curioso. Ele respirou profundamente e lentamente, e deliberadamente, moveu os quadris dele contra ela de forma que ela poderia senti-lo intimamente apertado à barriga dela. — Você pode me sentir? — Ele perguntou.
— Pelo amor de Deus…! — Ela tentou sair. Ele pegou o quadril dela com uma mão poderosa e a segurou contra ele.
— Eu nunca pretendi feri-la deliberadamente. — Ele disse suavemente. — Eu a quis tanto que eu perdi meu autocontrole. Por isso que você teve que ter pontos. Eu sempre tive que ter cuidado com mulheres. A muito tempo atrás, uma mulher me recusou depois que quando ela me viu, desperto…
O rubor cobriu o rosto dela.

Outra caracteristica é o comportamento monogâmico. Tanto dos homens quanto das mulheres de Diana Palmer. Somente vivem plenamente sua sexualidade e sua afetividade com aquele que será o parceiro para o resto da vida.

Mas existem relacionamentos de afeto platônico. Olha a assexualidade de novo aí gente, porque amor platônico é amor sem sexo ou interesse sexual.

Diana Palmer parece acreditar e até fazer apologia aos relacionamentos platônicos e sem sexo entre seus personagens.

Vejam alguns exemplos:
HOMENS DO TEXAS 12 - ANJO DO OESTE - JANE PARKER e JEB COLTRAIN
SERIE HUTTON 6 - FORASTEIRO/OUTSIDER - SARINA CARRINGTON e RODRIGO RAMIREZ
SERIE HUTTON 2 - ROSA DE PAPEL  - CECILY PETERSON e COLBY LANE


Outro detalhe interessante é que esses amantes platônicos fazem mais sucesso nesse papel coadjuvante do casal principal do que quando são protagonistas das próprias histórias.

Tai o Rodrigo Ramirez como maior referência e o mais odiado quando deixou de ser um adoravel amante platônico e passou a ser o herói tipicamente casca-grossa de Diana Palmer.

Embora, para mim pessoalmente,Colby Lane não fique atrás. Ele era um fofo em ROSA DE PAPEL e se converteu num sujeito escroto assustando criancinhas, no caso a própria filha, em FORASTEIRO/OUTSIDER.

E vejam só: estou de férias. Em vez de pegar pra ler aqueles livros novinhos que eu comprei ou os os maravilhosos ebooks revisados pelos pessoal que traduz lançamentos inéditos no Brasil, estou aqui sofrendo uma overdose de Diana Palmer relendo Homens do Texas e tudo que eu tenho arquivado dessa autora e o que mais aparecer!

Mais sobre Diana Palmer e sua obra. A autora que mais  tem spoilers na internet.
com.br/2012/03/resenha-febre-
de-paixao-diana-palmer.html http://su-romanticgirl.blogspot.com.br/2011/07/diana-palmer-rosa-de-papel.html

http://indeath.com.br/2012/04/
banca-de-quinta-21-diana-palmer-caminhos-do-coracao/#axzz1trl9Quwv

http://www.dianapalmer.com/
cgibin/dcforum/dcboard.cgi

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...